segunda-feira, 5 de abril de 2010

diferenciando 7

Naquele momento, o que vinha em minha mente, era apenas cenas, de quando eu o amava a qual quer custo, da nossa primeira noite, no meu primeiro beijo, e de quanto ele me abrasava no chuveiro na noite anterior, o quanto via no rosto dele que ele estava completamente acabado.
Veio em minha mente, o dia que ele me pediu em namoro, com flores e mais flores na sala da casa da minha mãe, me veio a cena de quando ele me chamou para escolher nosso apartamento, no qual eu decorei detalhe por detalhe como eu quis, veio em mente o quanto ele se sacrificou por mim, o quanto ele fez por mim, e eu o troquei por uma atração sexual.
Marcos me olhava, seus olhos marejados, dava para ver o seu desespero, o quanto estava chateado, e o quanto eu o destruí naquele momento.
Não tinha o que dizer, não tinha o que fazer, quando vi o outro saindo fora, nem olhando para traz, eu estava atônica completamente vidrada, com a boca meio aberta, com as mãos no meu corpo, com os olhos marejados, mas sem choro, esperando que a minha lagrima cai-se voluntariamente, e realmente, quando eu olhei mais diretamente para ele, elas caíram de desespero, de apelo de vontade de ser outra pessoa ou que tudo aquilo fosse diferente, que fosse so um pesadelo.
Ele apenas balançou a cabeça, como se não acredita-se nos meus próprios olhos e disse:
- Pegue suas coisas e suma...
Ele apenas não contava com a minha fragilidade momentânea, naquele instante eu não sabia o que realmente eu estava sentindo, apenas ... tudo ao meu redor estava ficando branco de mais para ser a pura realidade, minhas pernas ja não estava recebendo os meus comandos, ja não estavam mais fazendo o que eu queria, minhas mãos ficaram tremulas, eu estava nauseada.
Dai não senti mais nada, não senti e também perdi o sentido de tempo, e espaço.
Quando firmo os olhos, mecho minhas mãos, e dou um breve suspiro, rápido mas profundo o suficiente para me fazer voltar a realidade, me fazer levantar, e olhar ao meu redor e olhar o quão branco era o local que eu estava, quantas pessoas estavam me olhando, e quantos fios estavam no meu braço...
Quando olho para o meu lado direito, e la estava ele, meio bravo ainda, mas emburrado do que bravo, quando eu o pergunto:
- O que esta acontecendo aqui ? Porque estou na cama,ou melhor, porque estou em um hospital? - coisas mais que comum para um hospital, mas agora me restava saber o motivo pelo qual eu me encontrava naquele estado.
No momento o quarto ficou em silêncio, e no mesmo momento, o médico me entra no quarto, impressionante que foi muito automático, como se tudo ali fosse planejado.
O médico entusiasmado diz:
- Finalmente, a bela adormecido despertou! - eu realmente não sabia o que dizer para ele, mas queria muito que ele me disse-se o porque deu estar ali, ja que pelo visto o Marcos não iria dizer .
Eu completamente nervosa, ja pergunto:
- Dr. realmente fico grata pelo estado emotivo pelo qual o senhor se encontra, mas por favor me diga o porque de eu estar aqui.
O rosto do médico, apesar de ser novo era de cansado, era de quem fez serão a noite toda, mas mesmo com o sorriso que ele me deu de inicio, agora desapareceu, ele deu uma olhada longa para o Marcos, eu ao mesmo tempo ja alterei meu tom de voz, e ja perguntei:
- Marcos o que esta havendo aqui, e porque estou aqui ?
O Marcos se levantou e gritou:
- Você perdeu o meu filho, você perdeu o que eu mais queria, o que eu quis em toda a minha vida com você, você perdeu o nosso filho.
Neste momento, se eu estava pálida... realmente eu não sei, mas que fiquei mais branca... a sim eu fiquei.
( continua, proximo, final )

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