domingo, 29 de agosto de 2010

Bebada


Uma festa, musica, bebidas, muitas bebidas, amigos, conversar, e logo... uma latinha se foi, continuo dançando, continuo me sentindo normal, e logo mais outra se vai, continuo dançando, mas...
Não eu estou ja descendo até o chão e a musica que esta tocando nem ao menos era funk, eu ja estava rebolando ao lado de um amigo que se juntou a mim, na próxima vez que fui descer não consegui me levantar sozinha, ao menos tive este amigo para me puxar sem dar vexame.
Logo o meu copo estava mais uma vez cheio, mas não era amarelo mais, agora era transparente, não sei como minha garganta resistiu, mas o meu estomago brigava loucamente por um local que não estaria sendo derretido por aquela coisa.
Depois, fui ao quarto para tentar me acalmar, eu estava sentada, mas sempre que ia focar em algo a minha visão não correspondia mais instantaneamente, ela demorava um pouco para ficar em algo, minha audição ja estava confundindo a voz dos meus amigos com a musica, e sempre que tocava uma musica conhecida eu tentando me compor e me levantar para poder ir ao centro e dançar e berrar mais um pouco, aos tropeços com um inglês completamente destruído meu corpo simplesmente era jogado para frente e para traz, meus músculos delicadamente definidos e fortes, ja perdiam a definição, ja não sabia em que local ficar.
Fui até a sozinha, procurar mais alguma coisa para beber, mas acabei me apoiando no armário, sem conseguir ao menos me mexer, minhas pernas abertas para que eu pudesse me equilibrar, e todos ao meu redor quão piores que eu, nem estavam ligando muito com roupas nem ao menos palavras.
O grave do som estava invadindo o meu coração, ele ja estava acelerando conforme a batida da musica, eu estava sorrindo do nada, e não eram sorrisos forçados e nem ao menos gargalhadas promiscuas, era espontâneas, cumpridas, foi até quando eu levantei a minha cabeça, e recebi um beijo, este beijo foi tão espontâneo quanto o meu sorriso,
quando dei por mim, as luzes estavam apagadas, e os beijos mais rápidos, e cada vez mais rápido, quando recebi uma proposta, tudo que eu fazia era mais lento, minhas pernas não recebia o comando quando eu o mandava, ela demorava muito para exercer a função, os beijos iriam ficando mais deliciosos e cada instante, mais tentador a cada instante, as puxadas no meu cabelo ia me deixando mais sem o que fazer, eu não estava mais sentindo o meu corpo, estava tão... estranho, eu bati no meu rosto e não o sentia, foi quando eu bati no rosto dele, e eu vi que ficava melhor quando eu batia, meu cabelo estava solto, minha blusa estava no chão, minha calça estava meio para baixo, e enquanto ele abaixava beijando minha barriga, eu olhei para o teto, e voltei a mim.
Mas, Não, Não era tarde de mais...
Ou talvez era ?
Tenho por mim que não deveria ter feito nem o começo.
Mas ja que começou deveria ter terminado, mas não conseguir ir até o fim sem uma camisinha.
Mesmo meio tonta eu tive este pensamento.
Tonta ? hÃm ?
Acabei chegando em casa as 3:30 AM e dormindo no sofá.
Como conseguir acordar na cama... nem ao menos me pergunte.
Mas fiquei curtindo um pouco as minhas loucuras no sofá, olhando para um teto que estava me movendo, juntamente com uma luz que estava indo e voltando até mim.
Foi assim meu final de semana.

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